Eu não era muito popular naquela escola. Ninguém sequer havia falado comigo. Só algumas meninas chatas, que logo decidiram me esculachar. Não sabia o que fazer eu era só mais uma. Como você. Ninguém ligava para mim. Até um certo dia. Eu havia chegado tarde. Entrei no colégio com pressa. No corredor eu vi. Um pequeno grupo formado por cinco pessoas, que faziam uma espécie de “V” enquanto andavam pelo corredor. Na frente um garoto lindo de olhos castanhos e pele morena, seu cabelo estilo moicano combinava perfeitamente com sua jaqueta de moto negra. Do seu lado esquerdo, mais para trás um pouco, havia um menino alto e esguio, que acenava para todas as garotas que ele via. E do outro lado um garoto muito parecido com esse, que também fazia a mesma coisa. Só que dando beijos. Mais atrás haviam mais um menino e uma menina. O menino usava óculos e andava com um livro abaixo do braço e a menina com um estilo gótico olhava compulsivamente para ele. Ela também carregava um livro, negro. Ambos usavam jaquetas, deixando todos com quase o mesmo estilo. Eles passaram na minha frente. Em quanto eu admirava a beleza daquele cara que ficava na frente. Quando ele passou e eu senti o seu perfume e ele olhou para mim e piscou o olho direito a única coisa que conseguir fazer foi dar um suspiro e me encostar na parede.
- Nossa senhora me abana. Esse Edward é muito lindo mesmo. – Uma garota que estava do meu lado disse extasiada.
- Edward... Edward... Edward... É esse que será meu... – eu pensei sozinha, com muita firmeza na minha escolha.
Ele chegou numa menina que ficava a uns dois metros de mim, do outro lado, pegou-a pela bunda e lhe tascou um beijo colado. Levando-a ao delírio. Naquele momento eu imaginei que aquela garota seria eu...
Fui atrás deles, com minha mochila nas costas, desviando de várias pessoas que os admiravam. Desviava de um, em seguida de outra, e de outro, de outro e outra. Até chegar perto daquela estranha garota, tentei me esconder atrás dela, me abaixando um pouco e seguindo seus passos. Ela deu uma “meia-virada” e olhou pra mim e riu, eu olhei e retribui. Então tive coragem de levantar meus ombros e cabeça e continuar seguindo...
Eles se separaram, fazendo uma espécie de saudação bem estranha. Quando o lindo -ahhhh...- e os outros saíram a garota estranha olhou para mim e disse “quem é você? O que você quer?” fiquei totalmente sem reação, olhei para o chão, na verdade para os sapatos dela.
- Eu... eu... sou a Ange... Ange... – ela me interrompeu.
- Ange??? Que nome estranho.
- Angelina! – a interrompi me sentindo insultada.
- ah, Angelina... O que você quer, Angelina? – ela falou dando ênfase ao meu nome.
- Eu quero... quero... Ser umas de vocês. – essas palavras saíram da minha boca sem permissão.
Ela riu alto, mostrando a sua ironia. Ainda rindo alto, quase gargalhando ela disse algo como um insuto.
- Muitos querem ser como nós, nenhum é bom o suficiente... – ela se retirou me deixando para trás. Entrando na salinha que ficava ao lado. Por coincidência a minha também...
Eu acho que essa era a primeira vez que ela ia pra escola naquele ano, acho que nos primeiros dias ela estava vadiando... Ela sentava do outro lado da sala, lá no fundão, enquanto eu sentava no “meio” da sala. Ela não prestava nem sequer um minuto no que os professores diziram, ela passava o tempo dela ou conversando com as “amiguinhas”, ou penteando o cabelo, ou corrigindo a maquiagem – que parecia nunca está boa o suficiente.
Ela conversava com suas amiguinhas baba-ovo, e às vezes olhava pra mim, como se tivesse apontando com os olhos e ria, ela e suas amiguinhas...
Saída, eu encostei-me a ela, quando ela e suas amigas entraram no banheiro eu também entrei, quando ela estava sozinha se maquiando no espelho do banheiro, eu joguei ela contra a parede e disse “o que eu faço pra ser uma de vocês?”. Na verdade eu nunca desistir do que eu queria, e não seria naquele momento que eu desistiria. Ela estava assustada, na verdade acho que ela ficou com medo de mim. Ela se abaixou saindo no meu “cercado”.
- Seja que nem elas, cada uma delas querem ser iguais a mim. E pra isso você tem que me venerar e ser como eu. – ela disse parando de frente ao espelho, colocando aquele seu batom vermelho sangue.
- Como eu faço isso?
- Mude seu visual e viva atrás de mim. – as meninas acabaram de sair, olhando para nós e me encarando.
- Vamos, saia daqui. Vamos... – sai correndo, fugindo delas...
Em casa decidi me tornar elas. Fui com a roupa mais extravagante que eu pude. Com o batom mais cheguei que encontrei. Com a maquiagem mais colorida que a própria natureza.
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Valeu gente... Esse é o começo da história de Angelina, contada por ela mesma. Ainda vocês vão ver muita coisa que vai rolar... Não percam as intrigas e o caso amoroso que ela teve... A transformando em uma galinha... XD’s
Bjos, Eterno Apaixonado...
Não curto muito romance mas desse eu gostei ^^ bjus meu principe lindo XD continue sempre assim viw!!! eu escrevo tbm mas são contos e crônicas ^^
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